A escolha de uma profissão pode ser uma tarefa complicada, principalmente na área médica. Por isso, a criação de um plano de carreira para médicos deve ser um dos primeiros passos dos que fazem essa opção. Entretanto, podemos adiantar que não é possível ensinar como construir essa carreira. Quem afirma poder ensinar essa tarefa está em erro, porque as maiores  dificuldades que surgem são de cunho pessoal.

Nesse sentido, cabe a cada um descobrir o seu caminho, conforme a sua capacidade, assim como as suas limitações. Não é por acaso que muitas pessoas lutam para concluir uma faculdade e acabam sem trabalhar na área.

A opção de se tornar um médico abre uma série de oportunidades, que abrange desde ficar no atendimento clínico até se tornar um palestrante, um professor ou um pesquisador, mesmo que essas três últimas opções estejam disponíveis para outras carreiras acadêmicas. 

Entre esses limites, a medicina oferece diversas opções para especializações, como a radiologia, por exemplo. Por isso, a carreira vai sendo construída conforme a sua afinidade com determinada atividade vai se revelando.

É preciso elaborar um plano que, se possível, defina até que ponto você pretende avançar em sua profissão, assim como o que você está disposto a fazer para seguir o seu plano de carreira para médicos. Dessa forma, confira neste texto informações que, com certeza, o ajudarão a entender mais sobre o tema, facilitando o seu trabalho na construção de seu plano de carreira para médicos.

O que é um plano de carreira para médicos

O plano de carreira, de forma resumida, é um conjunto de práticas que você deve adotar para alcançar objetivos predeterminados. 

Existem dois tipos de planos: o individual, do qual falaremos primeiro, e o institucional ou corporativo.

Embora as instituições médicas, principalmente as públicas, tenham o seu próprio plano de carreira, eles visam o atendimento coletivo da categoria. Assim, para que todos os seus anseios – tanto os pessoais, quanto os profissionais – sejam atendidos, é fundamental que você tenha um plano de carreira individual.

A carreira médica tem muitas características próprias, como:

  • Plantões noturnos;
  • Trabalho aos domingos e feriados;
  • Vínculos com duas ou mais instituições.

 Além disso, a característica dinâmica da medicina de sempre se aperfeiçoar exige um estudo permanente.

Essas peculiaridades fazem com que um bom plano de carreira para médicos precise fazer parte de um plano maior, de como vai ser a sua vida enquanto médico, esposo e pai ou mãe de família, entre muitas outras atividades.

Tudo isso deve ser meticulosamente analisado. Muitas vezes, a incapacidade de conciliar a carreira com a vida pessoal pode gerar graves distúrbios psicológicos,  como a depressão, a ansiedade e a Síndrome de Burnout, por exemplo.

Assim, um plano de carreira para médicos, num nível individual, depende de bastante autoconhecimento.

O autoconhecimento

Tentar seguir um plano sem ter o conhecimento das próprias habilidades; da capacidade de resiliência; da necessidade de resistência física para suportar a dura rotina inicial; da vocação, que o ajude a escolher uma, entre as diversas opções que um plano de carreira para médicos oferece, é, sem dúvida, uma tarefa extremamente difícil.

Através do autoconhecimento é possível decidir e manter a decisão de, por exemplo, dar total prioridade à carreira profissional, abrindo mão de muitas supostas realizações no âmbito exclusivamente pessoal. 

Isso ocorre principalmente na sociedade moderna, que está sempre repleta de distrações. 

Além disso, o autoconhecimento também ajuda na hora de flexibilizar ou adaptar o plano diante de uma nova realidade – essa é uma ocorrência bem comum durante a longa carreira médica.

As dificuldades aumentam quando você percebe que, ao contrário do que muitos podem pensar, ou desejar, e embora muitos sites anunciem “como criar um plano de carreira”, não existe uma receita, uma técnica específica para você criar o ‘seu plano de carreira’. Evidente que é possível criar um plano de carreira, mas é uma missão tão individual quanto a própria personalidade. Afinal, o que para alguns pode ser uma grande dificuldade, para outros é uma questão bem simples.

Sendo assim, muitos acabam recorrendo à ajuda externa, ao aconselhamento profissional, o que os ajuda na tomada das decisões mais importantes. E não há nada de errado nessa atitude, pelo contrário, é até recomendado considerando os obstáculos na realização da tarefa.

O plano de carreira nas instituições públicas

A maior parte dos médicos atua no serviço público de saúde, ainda que tenham outros empregos em instituições privadas. Dessas últimas não entraremos em detalhes, pois cada uma tem autonomia para definir o plano de carreira para o seu quadro funcional.

Nesse sentido, embora você deva ter o seu próprio plano de carreira para médicos, muitas vezes você será parte de um plano de carreira institucional, já existente na organização para a qual trabalha.

O problema do plano de carreira médica em instituições públicas no Brasil é antigo e de difícil solução. Isso acontece porque envolve questões políticas em todas as esferas do governo, interesses sindicais de diversas categorias, e, por último, o interesse pessoal do médico, nessa ordem.

Desse modo, para que você tenha uma ideia do tamanho desse problema, sugiro a leitura de uma publicação existente na revista do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). O artigo cita até a possibilidade do uso da telemedicina como uma alternativa que amenize o problema.

No artigo, estão expostos os desafios de implementar um plano de carreira para médicos que seja justo e imparcial, que beneficie toda a categoria médica. Isso porque justiça e imparcialidade não fazem parte da tradição política brasileira.

O fato é que existe um emaranhado de problemas, como a aposentadoria, a distribuição dos profissionais nas regiões de menor densidade populacional, as condições de trabalho. Também podemos citar as condições de vida nos recantos mais isolados do país, a divisão da categoria em níveis funcionais e, por conseguinte, salariais.

São tantas variáveis que se torna impossível entrar nos detalhes. A questão do deslocamento do profissional médico para lugares remotos é um dos destaques da publicação. A categoria exige, e, com toda razão, condições especiais de remuneração para aceitar as condições de trabalho, muitas vezes, inóspitas.

Considerações finais

Deixemos de lado as considerações sobre o plano de carreira para médicos no serviço público, para não cairmos em algum tipo de erro, já que não há um consenso, uma fórmula que resolva a questão. Ademais, os governos mudam, e o médico precisa ter um plano que o torne invulnerável às mudanças deles.

O importante é que esse texto tenha deixado claro as dificuldades de criar um plano de carreira para médicos, inclusive radiologistas, pois, conhecendo essas dificuldades, o interessado pode confrontá-las com as suas habilidades e aspirações para decidir o caminho que irá percorrer, entre as diversas possibilidades disponíveis.

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