O que é Telerradiologia? Se você é um médico radiologista, provavelmente já ouviu falar sobre esse termo. Vamos explicá-lo com detalhes para que você conheça exatamente seu significado, como a Telerradiologia surgiu, e como ela pode te auxiliar em seu dia a dia.

Na prática, a Telerradiologia é o processo de enviar imagens médicas para serem analisadas de maneira remota por um especialista em radiologia. Essas imagens podem ser usadas para diagnosticar e monitorar muitas condições médicas – incluindo doenças do coração, problemas pulmonares e doenças cancerígenas. Nesse contexto, as imagens que podem ser enviadas para análise incluem radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas.

Também é importante ressaltar que os exames podem ser enviados por meio de um dispositivo móvel, um software de computador e uma conexão com internet. Para isso, o paciente precisa permitir a utilização de suas imagens por meio de um termo de consentimento – o que permite a transmissão dos exames que deverão ser acompanhados, assim como dos dados médicos do paciente.

Quais são os benefícios da Telerradiologia?

Agora que você sabe o que é Telerradiologia, vamos entender os benefícios dessa prática, que traz várias vantagens tanto aos médicos quanto aos pacientes. 

  • Um dos principais benefícios da Telerradiologia é o de que ela causa uma grande redução do número de erros nos diagnósticos – essa área em constante evolução e avanços tecnológicos tem permitido que os médicos realizem diagnósticos muito precisos.
  • Os exames também são analisados com rapidez e os radiologistas demoram menos tempo para emitir um laudo. Isso é muito importante, pois existem poucos especialistas em hospitais e clínicas, o que complicaria se o resultado dos exames dependessem apenas de diagnósticos feitos de forma presencial.
  • A Telerradiologia ainda permite que os estudantes de medicina e radiologia aprendam e ampliem suas habilidades a distância – permitindo o compartilhamento de conceitos, experiências e outras informações importantes da área. 

Com isso, se você é médico e ensina residentes, pode utilizar a Telerradiologia a seu favor para enriquecer as aulas e o conhecimento dos alunos.

A história da Telerradiologia

Assim como seus benefícios, a origem da Telerradiologia também é bastante interessante. Seu surgimento se deu em 1895, por meio do físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen. Já o uso da Telerradiologia tem quase meio século de história e teve um grande impacto na telemedicina.

Esse percurso teve início em 1930, quando o navio de guerra RMS Queen Mary utilizou o rádio-telefone marítimo para realizar consultas médicas. O médico a bordo passava e recebia informações importantes de fontes externas e servia como um mentor para os tripulantes em outros navios que necessitavam de cuidados médicos.

Houve também várias experimentações que ocorreram durante os anos 1960 e 1970. Estudiosos faziam pesquisas para aperfeiçoar a transmissão de televisão e técnicas de circuito fechado para encaminhar os exames de imagem captadas através de raios-X. Isso inclui imagens que faziam parte das áreas de dermatologia, patologia e radiologia.

A  evolução da Telerradiologia

Quanto mais especialistas se interessavam em saber o que era Telerradiologia e a colocavam em prática, mais avanços aconteceram no processo de ascensão desse recurso. O primeiro progresso se deu quando o Dr. Kenneth Bird instalou um sistema televisivo e interativo que ligava o aeroporto de Logan ao hospital que ele trabalhava em Boston – o que foi usado para realizar atendimento médico aos passageiros que se encontravam no aeroporto.

A partir disso, mais casos semelhantes ocorreram, circuitos fechados de televisão foram inseridos em diversos hospitais entre as salas de emergências e os departamentos de radiologias. No início, o sistema de streaming possuía suas limitações, como o compartilhamento de uma imagem de cada vez e a baixa qualidade na clareza das imagens.

Apesar da grande utilidade, o alto custo de manutenção dos equipamentos também fez com que muitos centros médicos rejeitassem a Telerradiologia durante os primeiros anos da telemedicina.

No entanto, atualmente, com o desenvolvimento da Telerradiologia, os médicos podem contar com o DICOM, que é o padrão global para transferência de imagens radiológicas – o mais recente foi publicado em 1993 e inclui especificações como formato de imagens e outros fatores. 

O uso de softwares na Telerradiologia

Além dos conceitos já discutidos, você sabia que a área da Telerradiologia continua em evolução? É nesse sentido que a crescente demanda de serviços tem gerado a necessidade de softwares confiáveis e eficientes no mercado.

Os softwares se tornaram grandes aliados da Telerradiologia. Eles servem para agilizar tarefas, melhorar a gestão no setor de radiologia, proteger dados e armazenar imagens e informações importantes dos diagnósticos.

Existem muitos softwares de Telerradiologia diferentes no mercado, e cada um tem seu próprio conjunto de recursos e benefícios. Escolher o software de Telerradiologia certo para as suas necessidades é fundamental para fornecer cuidados de qualidade a seus pacientes.

Você pode conferir os softwares e as soluções que oferecemos para o maior desempenho no seu fluxo de trabalho em nosso site.

Entre os benefícios que os softwares trazem para a Telerradiologia e para os médicos estão:

  • Economia com insumos (não é necessário películas e papéis para visualização das imagens);
  • Foco na qualidade de atendimento ao paciente; 
  • Diminuição da perda dos laudos (pois esses são armazenamento em um meio digital);
  • Armazenamento na nuvem (assim os dados podem ser acessados de qualquer lugar);
  • Proteção de dados.

Qual a regulamentação da Telerradiologia?

Além de saber o que é Telerradiologia, é preciso conhecer as leis que regulamentam essa prática. Atualmente, as principais normas na legislação são a Resolução nº 1.643 de 2002, e a Resolução nº 2.107 de 2014, definidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

A primeira Resolução, de n° 1.643/2002, foi a responsável por disciplinar a prestação de serviços por meio da telemedicina. Essa regulamentação contém sete artigos. Mais tarde, a Resolução nº 2.107/2014 foi criada especificamente para regulamentar a Telerradiologia.

As leis tratam sobre o manuseio, confidencialidade, armazenamento de informações e sigilo profissional que o serviço de radiologia exige – o sigilo de informações de pacientes é uma das maiores preocupações de gestores de clínicas. Nesse sentido, a tecnologia é uma grande aliada do setor.

Se você gostou desse artigo e conseguiu entender melhor como a Telerradiologia pode ser útil ao radiologista, continue acompanhando o nosso blog. Nós traremos muito mais dicas e informações importantes que poderão ajudar no dia a dia de seu trabalho. 

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